O
governador do Ceará e presidente estadual do PSB, Cid Gomes, admitiu
deixar o partido caso a candidatura presidencial de Eduardo Campos (PSB)
seja imposta. Em entrevista ao site do jornal O Globo, ele afirmou que
pode se desfiliar caso haja "decisão não democrática" pelo lançamento de
um nome próprio, ao invés do apoio à reeleição da presidente Dilma
Rousseff (PT).
"Sou forçado a pensar sobre
isso. Se for uma decisão democrática, tomada por todo o partido de forma
majoritária, sem imposição, é uma coisa; se não, eu me sinto obrigado a
deixar o partido", disse o governador. Cid já foi filiado a PMDB, PSDB,
PPS e está no PSB desde 2005.
O governador defendeu ainda a
saída imediata da base de apoio do Governo Federal caso a decisão seja
mesmo pelo lançamento da candidatura de Campos. "Não é que eu seja
contra a candidatura dele, mas nós participamos do projeto de eleição da
presidente Dilma. Por que motivo o deixaríamos agora? Acho que essa
decisão tem que ser tomada agora, ou deveria ter sido tomada até há mais
tempo. Não acho que essa seja a conduta correta, não podemos pensar em
candidatura própria com essas incoerências. Pode parecer oportunismo,
porque dá a impressão de que vamos ficando enquanto as coisas estão
dando certo e, se na última hora derem errado, nós saímos. Temos que
fazer isso à luz do dia".
Cid destacou que o PSB se
enfraquece na hipótese de deixar a aliança federal com o PT, com ameaça
de "colocar em risco" as eleições em estados como Ceará, Piauí,
Amazonas, Espírito Santo e Minas Gerais. Embora defenda o apoio à
reeleição de Dilma, Cid disse que não tratou do assunto na conversa com a
presidente, nesta terça-feira, 26. "Já falei isso publicamente. Não vou
ficar dizendo para ela: 'Presidente, eu voto na senhora'. Não sou
bajulador, nunca fui".
Fonte: O Povo
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