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SANTANA DO ACARAÚ - CE

Santana do Acaraú, cidade da região Noroeste Cearense, microrregião de Sobral. Banhada pelo rio Acaraú, foi fundada em 03/11/1862, está a 45m de altitude, distante 228 Km de Fortaleza e em 2007 o IBGE estima a sua população em 28.741 habitantes.

HISTÓRICO
Data da Criação: 03/11/1862.
Instalação: 27/06/1863.
Toponímia: Homenagem à padroeira.
Variação Toponímica: Curral Velho, Santana e Licânia.
Desmembrado de acaraú.
Padroeira: Nossa Senhora de Santana.
Dia: 26/07.


História: Suas origens remontam ao início do Século XVII e estão divididas em três fases distintas. A primeira relaciona-se com o que se poderia classificar de acidente de percurso, considerando o seu caráter de acidentalidade. A segunda, registrada pouco mais de um século após, vincula-se à primeira excepcionalidade na formação do reduto. E a terceira, já em pleno estado de funcionalidade, registra o agregamento de fazendeiros, colocando em atividade a segunda fase e formando a povoação que só teoricamente existia.

Evolução Política: Depois de chamar-se Olho d’água deu-se a elevação do povoado à categoria de Vila com a denominação de Curral Velho. Houve como instrumento de apoio a Lei Provincial nº 1.012, de 3 de novembro de 1862, ocorrendo sua instalação a 27 de junho de 1863, oportunidade em que se instalaram, também Câmara e Senado. Constam dessa primeira legislatura: 1) Luis Henrique de Oliveira Magalhães – Presidente; 2) Antônio Ferreira Gomes – Vereador; 3) Antônio Carneiro de Araújo – Vereador; 4) Raimundo Xavier Nogueira – Vereador; 5) Joaquim Gomes Carneiro – Juíz de órfãos; 6) João Adeodato Ferreira – Juíz de órfãos; 7) Vicente Casimiro Cavalcante – Procurador.
A elevação do Distrito à categoria de Município provém de Lei nº 1.740, de 30 de agosto de 1876, com a denominação de Santana.

Igreja: As primeiras manifestações de apoio eclesial estão consignadas na prometida e edificada capela de Frei Cristóvão de Lisboa, tendo como executante o padre Antônio dos Santos Silveira. (1773/59). Pertencia inicialmente ao Curato da Caiçara, mesmo após a divisão deste com a Freguesia de Amontada, então vinculada ao Curato do Acaraú. Tornou-se Freguesia, segundo Lei Provincial nº 465, de 29 de agosto de 1848, sendo seu primeiro vigário o padre-encomendado Miguel Francisco da Frota e a ter como vigário-colado o padre Barreto, vigário do Crato. Na impossibilidade de assumir, Barreto deu procuração ao seu colega Francisco de Paula Menezes, vindo por morte do seu constituinte a transformar-se em vigário-colado, pelo menos até que o cargo fosse levado a concurso e se sagrasse vencedor o padre Francisco Xavier Nogueira.

GEOGRAFIA
Área: 1.017,7km².
Área(% em relação ao Estado): 0,74.
Altitude: 45m.
Latitude: 3°27’.
Longitude: 40°12’.
Mesorregião: Noroeste Cearense.
Microrregião: Sobral.
Limites: Norte – Morrinhos; Sul – Sobral; Leste – Itapipoca; Oeste – Massapê.
Distritos: João Cordeiro, Mutambeiras, Parapui, Sapo, Baia, Baixia Fria e Barro Preto.
Acidentes Geográficos: Rio Acaraú e Serra do Mucuripe.
Recursos Hídricos: Pluviometria ( a média anual é de 921mm)

Mapa de Santana do Acaraú

Pintura de Audifax Rios

Filhos Ilustres de Santana do Acaraú
Raimundo Ademar Magalhães 

Ele foi Vereador por diversos mandatos e assumiu como prefeito interventor de Santana do Acaraú

Raimundo Ademar Magalhães nasceu em Santana do Acaraú, na Fazenda Piedade no dia 31 de maio de 1913, filho de Adonias Henrique de Magalhães e Ana Benvinda de Lima, sendo seus avós paternos: Raimundo Henrique de Oliveira e Filadelfa Maria de Oliveira e avós maternos: Antonio Rodrigues de Lima e Thereza Maria de Jesus. Passou uma parte de sua infância na Fazenda Piedade em Equitós e depois da morte de seu pai passou a conviver com seus avós maternos.
  Aos 16 anos de idade passou alguns anos no Piauí trabalhando como caixeiro, dedicando se a loja Leão. Fez um aperfeiçoamento de seus estudos na cidade de Sobral, dando exemplo de bom aluno.
No ano de 1936 retornou Santana e logo casou-se em 1939 com a jovem Francisca Araujo, filha dileta do Sr. Francisco das Chagas Araujo  e D. Isabel Isaura Araujo, deste primeiro matrimônio recebeu como filhos: Sulamita, Ademar, Isabel (Marisa) e Ana Maria.
Depois assumiu reuniões políticas filiando-se a UDN (União Democrática Nacional), elegendo-se vereador para diversos mandatos: 1º- Janeiro de 1948 a 24 de março de 1951 / 2º de 25 de março de 1951 a 24 de março de 1955 / 3º de 25 de março de 1955 a 31 de dezembro de 1958 / 4º de 01 de janeiro de 1959 a 29 de janeiro de1959.
Neste tempo de serviços prestados a Câmara Municipal foi eleito presidente na casa, exercendo com presteza e dignidade seu cargo.
Transitou intensamente pelo comércio e pela administração pública exercendo muitas funções, ainda aceitou o honroso cargo como Prefeito Interventor Federal do Estado no município de Licânia, pois nesta ocasião em 10 de dezembro de 1945, foi nomeado pelo Interventor Federal do Estado do Ceará, Sr. Benedito Augusto Carvalho, substituindo o então prefeito Antonio Claudio de Araujo, por um período de seis meses, onde dedicou-se ardosamente as obras públicas  transmitindo boa qualidade de interventor.
Também se fez agricultor e criador na Fazenda Piedade onde nasceu e herdou de seu avô, com intento de ampliar o campo da razão da sobrevivência de sua família.
Em 05 de maio de 1956, viveu um grande momento de tristeza e dor com a morte de sua companheira a Francisquinha Araújo. Viúvo ficou com quatro filhos menores que foram cuidados pelos avós Francisco Araujo e Dona Isabel.
Não ocupando muito tempo a viuvez conheceu Rita Maria de Souza com quem se casou dia 03 de novembro de 1957, aos 42 anos na Igreja Matriz de Santana do Acaraú, Rita tinha apenas 22 anos de idade.
Desfrutando o seu 2º enlace, certo dia recebeu uma nomeação da Secretaria de Agricultura do Estado, para assumir o cargo de chefia da CODARGO (Cia de Desenvolvimento Agropecuário), onde deu o máximo de assistência aos sertanejos.
Do seu segundo matrimônio nasceram: Antônio Rodrigues, José Adonias, Maria José, Maria Perpétua e Maria do Socorro (gêmeas) Tereza Maria. Ao todo teve 22 netos.
Encerrando sua vida pública requereu sua aposentadoria modestamente em 1968.
Raimundo Ademar Magalhães viveu toda sua via deixando exemplo de homem calmo, educado, prudente e equilibrado, firme em seus compromissos.
Em resumo, transmitiu aos filhos da família e a fraternidade social.
Terminou seus dias no dia 28 de março de 2003 aos 90 anos na Av. São João, saudado pela esposa, filhos, netos, parentes e amigos, seu corpo foi sepultado no cemitério são Sebastião em Santana do Acaraú.
Fonte: http://www.correiodosvales.com/?pg=not%EDcia&id=821

Dr. Francsico das Chagas de Vasconcelos  

Um dos maiores oradores da política cearense, foi lider político de Santana do Acaraú durante 30 anos.
Chagas Vasconcelos nasceu em 13 de janeiro de 1930 em Santana do Acaraú, era filho de Miguel Galvino de Vasconcelos e Maria José de Vasconcelos. Iniciou-se na política aos 14 anos, apadrinhado pelo Deputado Federal, Chico Monte (PSD), um dos líderes políticos de Sobral. Era bacharel em direito militando na advocacia em todo o Estado, mas principalmente na zona norte.
Ao lado de personalidades expressivas do PMDB, como o embaixador do Brasil em Portugal, Paes de Andrade, o deputado federal, Mauro Benevides, o Prefeito de Fortaleza Juraci Magalhães e o Ex-deputado estadual, Iranildo Pereira, Chagas Vasconcelos foi um dos fundadores do PMDB histórico cearense.
De 1958 a 1962 foi Prefeito de Santana do Acaraú, elegeu-se deputado estadual por três legislaturas, de 1964 a 1976, nessa época Chagas foi líder de seu partido, o então MDB. De acordo com o depoimento do deputado federal Mauro Benevides, Vasconcelos foi “orador dos mais brilhantes”. Companheiro desde a formação do MDB, Benevides declarou que Vasconcelos “sempre” ofereceu demonstração positiva de solidariedade à legenda, “enfrentando em nível regional as forças políticas”.
Segundo o Presidente da Câmara Municipal de Santana do Acaraú, Marcelo Arcanjo, a vida política de Chagas Vasconcelos foi marcada por intensa dedicação ao povo santanense.
Chagas Vasconcelos disputou uma vaga para o Senado, em 1978, mas perdeu as eleições para José Lins de Albuquerque. Foi eleito deputado federal de 1980 a 1984, assumiu novamente uma vaga na Câmara dos deputados em 1986 como suplente de Carlos Benevides.
No primeiro governo de Tasso Jereissati (1987-1990), Chagas Vasconcelos assumiu o cargo de Diretor do extinto Fundo Estadual do Bem Estar do Menor (FEBEM), voltando a Santana do Acaraú, foi vereador entre 1992 e 1996, nos últimos anos tentou sem sucesso, eleger-se deputado estadual e prefeito de Santana do Acaraú.
Era casado com Lúcia Vasconcelos e tinha dois filhos do primeiro matrimônio: o médico da cidade de Sobral Ivo Vasconcelos e a servidora pública Socorro Vasconcelos e dois do segundo com dona Lúcia: Francisco das Chagas Vasconcelos Filho e Gil Vasconcelos.
Faleceu no dia 24 de agosto de 2003 na cidade de Fortaleza.
Fonte: http://www.correiodosvales.com/?pg=not%EDcia&id=799

Gerardo Arcanjo

Nasceu a 27 de junho de 1927 em Santana do Acaraú, filho de Ana Excelsa Arcanjo e Antônio Lourenço de Maria, Gerardo foi casado com Terezinha Alves Arcanjo, de onde conceberam seis filhos: Maria Luciene Arcanjo, Tereza Helena Arcanjo, Antônio de Pádua Arcanjo (Totonho), José Gerardo Arcanjo, Ana Francisca Arcanjo (in memoriam) e Conceição de Maria Arcanjo.
Era dotado de um humor invejável, dizem as pessoas de seu tempo, que na roda que se encontrava reinavam brincadeiras e alegria, se considerava um bairrista acima de tudo, por amar muito sua Santana, em que recordava ao ver tocar pela gloriosa e centenária Banda de Música Pe. Arakém, sua grande paixão, o dobrado saudade de minha terra, gostava também de futebol, seu esporte preferido.
Foi caminhoneiro por muito tempo, dirigindo o seu caminhão de 1946, o qual era conhecido como o “Romeiro de São Francisco”. Foi também comerciante em nossa cidade e pequeno agropecuarista, em sua loja, nos finais de tarde estavam sempre muitas lideranças políticas do seu partido, dialogando e montando estratégias para as próximas campanhas eleitorais. Deu início a sua militância política ainda na juventude.
Atuou ativamente nas frentes de serviços na seca de 1958, ano em que foi inaugurado o açude Araras, ajudando os trabalhadores, como fruto desse trabalho, se orgulhava de ter tido muitos compradores. A propósito realizaram uma pesquisa na igreja de Santana nos anos 80, e foi considerado o homem que tinha o maior número de afilhados, superando a milhar.
Homem humilde que tinha um sonho, ser Prefeito de sua terra, começou na política como Vereador, conquistando seu 1º mandato em 1958, na época o Dr. Chagas Vasconcelos era o Prefeito, na campanha seguinte foi eleito novamente Vereador, sempre obtendo o maior numero de votos. Em 1966 foi candidato a Prefeito, perdeu eleição para o Sr. Raimundo Nazion Aguiar. Dez anos depois, em 1976, foi novamente candidato a Prefeito e mais uma vez não logrou êxito, perdendo para o seu primo João Batista Arcanjo.
Um pai e um marido exemplar que acima de tudo ficou registrado em nossa história por um chavão que resume toda a sua vida “O Gerardo é bom.”
Em nossa cidade recebeu homenagem com seu nome no Bairro Gerado Arcanjo (Rio das Graças) e em Novembro de 2000, através de propositura do Vereador Galvino Arcanjo, foi aprovado pela Câmara Municipal o seu nome para a principal Avenida de Santana do Acaraú, Av. Gerardo Arcanjo (Rua Dr. Manoel Joaquim).
Seu sonho de governar os destinos do município não se realizou, mas seu filho Antônio de Pádua Arcanjo (Totonho) resolveu seguir a carreira pública, foi eleito por duas vezes Vereador, foi presidente da Câmara Municipal, Vice-Prefeito e Prefeito de 2004 a 2008.
Gerardo Arcanjo nos deixou em pleno festejos da padroeira aos 22 dias do mês de julho de 1995.
Fonte: http://www.correiodosvales.com/?pg=not%EDcia&id=823

PROFESSOR ISAÍAS THOMAZ
 
José Isaias de Thomaz Lourenço, nasceu na cidade de Santana do Acaraú, Ceará em 18 de outubro de 1903, filho de Manuel Thomaz Lourenço e Maria José Archanjo Thomaz. Casou-se em 01º de julho de 1936 com Maria Cacilda Fontelles Thomaz, filha de José Avelino Fontelles e Maria do Carmo Araújo Fontelles, dessa união nasceram oito filhos, dos quais, cinco são vivos, maiores, casados, todos profissionais liberais: Celeste, Célio, Clecio, Cefas e Celso. Enriqueceram a família: Genros, Noras, 16 netos e 11 bisnetos.
O menino Isaias aprendeu as primeiras letras com sua querida mãe”D.Sinhá” de quem recebeu também os primeiros fundamentos da inabalável fé cristã que o norteou durante toda a existência. De seu estimado pai, herdou o caráter firme e dedicado, a honradez e a incansável disposição para o trabalho.
Cresceu em ambiente de simplicidade, pródigo em valores morais, no aconchego de uma família de seis irmãos: Maria Madalena, José Sigefredo, João Zózimo, Miguel, José Melchior e José Isaias, onde o traço marcante era a união e afetividade, entre si e entre todas as pessoas da convivência, especialmente, quando se fazia necessário o exercício de solidariedade.
Freqüentou a escola primária em sua terra natal, e, já na infância, escrevia quadrinhas e acrósticos apaixonados em sala de aula.
Aos quatorze anos compôs o seu primeiro soneto “lentamente”, inspirado na observação da natureza que ele sempre cantou em prosa e verso com extrema sensibilidade.
Estudou com o sábio e santo sacerdote Pe. Joaquim Severiano de Vasconcelos, a quem notava profunda veneração, havendo iniciado com ele seu aprendizado de latim e conseqüente aprimoramento da língua portuguesa.
Ainda muito jovem, lecionava na escola de sua irmã D. Maria Madalena Thomaz, professora bastante conceituada em Santana do Acaraú.
Transferiu-se para a cidade de Fortaleza com o objetivo de continuar seus estudos e, para suprir as necessidades materiais, passou a trabalhar no DNOCS, àquela época IFOCS- Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas.
Fez parte da diretoria da “União de Moços Católicos de Fortaleza”, juntamente com outros jovens que mais tarde foram referência nos meios sócio político educacionais, inclusive o então Pe. Helder Câmara, mais tarde, o grande luminar da igreja e figura ímpar na construção histórica da cidadania do povo brasileiro – D. Helder Câmara.
Quando já se direcionava para prestar os “exames preparatórios” para ingresso na Escola de Medicina de Salvador – Bahia, veio a sentir a visão se lhe tornava cada dia mais deficiente, impedindo-lhe de alcançar a meta pretendida.
Procurou recursos médicos, submetendo-se a intervenção cirúrgica na cidade do Rio de janeiro, com o que obteve êxito, porém, alguns dias após, contraiu grave infecção que lhe retirou totalmente a visão.
Retornou a terra natal, onde, pouco a pouco retomou suas atividades educacionais e literárias, graças a intrepidez e firmeza de seu caráter, não se deixando abater pelo revés da perda visual.
No seu casamento com D. Cacilda a jovem santanense a quem amava desde antes do insucesso referido, encontrou a realização maior de sua vida, haurindo na felicidade compartilhada a motivação para enfrentar uma nova e mais difícil etapa, de par com novos sonhos e novos projetos de vida.
Fundou então a escola “Pe. Severiano”, posteriormente, “Colégio Pe. Severiano” que alguns anos depois tomou a denominação de “Educandário Santana”, sempre sob sua direção, por cujas instituições passou toda uma geração de crianças, rapazes e moças santanenses que alcançaram posições de relevo na vida deste município de nosso Ceará e até de outros mais distantes rincões brasileiros.
Mestre e amigo de seus alunos, com eles mantinha relacionamento franco e jovial.
Fundou ainda o jornal “A Defesa”, sendo seu editor e principal redator, com a finalidade de informar, noticiar, proporcionar espaço cultural e principalmente, reivindicar às autoridades públicas melhorias e benefícios para o progresso da terra santanense.
Não raro, assumia totalmente as despesas de editoração às custas de seus parcos rendimentos de professor, conquanto não deixasse de circular o jornal na data prevista.
Com objetivo artístico e cultural, fundou o “Teatro Manoel da Frota”, com prédio no bairro Humaitá em frente aos frondosos e seculares “tamarineiros” ali então existentes.
Sob sua direção e com a participação de seus alunos e alunas, foram encenadas peças dramáticas, literárias e educativas, pastoris de natal, comédias, etc, com o fito de desenvolver na juventude estudantil, o gosto pela cultura através das artes cênicas.
Realizou outros tipos de atividades sócio educativas como seções lítero-musicais destinadas ao público santanense comemorativas de datas históricas importantes, paradas cívicas com desfiles de estudantes pelas ruas da cidade, precedidos pelos valorosa Banda de Música Pe. Arakém da Frota, à qual muito admirava e estimava, denominando-a de “Euterpe Santanense”.
Participou ativamente da vida religiosa na Paróquia de N. Sra. Santana, colaborando efetivamente, desde o vicariato do saudoso Pe. Francisco Arakén da Frota, na organização dos eventos religiosos: Festa da Padroeira, Procissões, Novenários, Celebrações de Natal, Semana Santa.
Preparavam anualmente, ele e a esposa com dedicação e arte e Presépio Natalino na sala maior de sua residência, para onde acorriam adultos, jovens e crianças que ali se enterneciam com o cenário criativamente evocador do nascimento de Jesus.
Dedicou-se extremamente  em todas as etapas da preparação do Congresso Eucarístico em 1948, sendo indicado para proferir a saudação ao Santo Padre na Plenária de encerramento do consagrado evento comemorativo do Centenário da Paróquia.
Pertenceu à secular Irmandade do SS. Sacramento, à Congregação Mariana, à Ordem  Terceira de São Francisco e à Conferência de São Vicente de Paula, em trabalho integrado com seu irmão José Melchior, conseguiram junto a ilustres Santanenses radicados em outros Estados, recursos financeiros para a construção da Vila Vicentina no Bairro do Retiro, destinada a moradia de famílias carentes.
Em anos de estiagens prolongadas, encetavas campanhas para angariar roupas e gêneros alimentícios, junto aos conterrâneos mais abastados em Fortaleza, para onde se dirigia também na busca, também de recursos junto a Órgãos do Governo Estadual, e, recebendo-os empreendia viagem de retorno em caminhão de carga fretado, com a missão de, em Santana, distribuir o produto arrecadado na peregrinação aos humildes indigentes castigados pelo flagelo das secas.
Movimentou com salutar entusiasmo o ‘Círculo Operário São José’, entidade que congregava trabalhadores cristãos na luta pela defesa de seus legítimos interesses, fazendo-o em articulação com o “Círculo Operário São José de Fortaleza” sob a orientação dinâmica do operoso sacerdote Pe. José de Arimatéia Diniz.
Manifestou-se especialmente engajado na formação de um Grupo Pastoral de Evangelização que realizava catequese de adultos às tardes de domingo ao pé do “Santo Cruzeiro” no Alto da Liberdade, lugar de sua particular predileção, por haver ali vivido a quadra feliz de sua infância.
Face à necessidade de dar continuidade aos estudos de seus filhos menores, mudou-se para a vizinha Sobral, onde permaneceu lecionando diuturnamente nos seguintes estabelecimentos de ensino: Escola Técnica de Comércio D. José Tupinambá da Frota, Escola Profissional do Colégio Sobralense e Ginásio São José, sob a direção da emérita educadora Professora Dinorá Thomaz Ramos, havendo assim contribuindo decisivamente na formação educacional de centenas de jovens de jovens sobralenses.
Colaborou no jornal “Correio da Semana” e sentia-se particularmente distinguido pela honrosa amizade do sr. Bispo Diocesano Dom José Tupinambá da Frota, bem como de outras figuras expressivas do Clero e da Sociedade Sobralense.
Dos anos de sua convivência em Sobral, guardava gratas recordações de amigos leais, destacando na heráldica Cidade as constantes realizações de seu Povo, talhado para altos destinos.
Após numerosos anos de incessante trabalho, aposentou-se do magistério por tempo de serviço, posto que, já se havia aposentado pelo DNOCS ante do fato de sua deficiência visual.
Atendendo aos anseios de seus filhos menores a fim de que juntinha e unida permanecesse toda a família, pois assim era do agrado de todos e, mesmo porque, embora sem a luz dos olhos, ele era a luz que nos guiava, o sol que aquecia o nosso convívio familiar.
Era ele quem “tirava e rezava o terço” e ela “fazia a leitura da novena”.
E havia permutas de ternura e de carinho !
E todos dormíamos saciados e felizes !
Retornava sempre que podia à sua querida Santana para reencontrar familiares e amigos, viagens essas que lhe proporcionaram grandes alegrias e suaves lembranças.
Ao chegar em casa, reunia a família para discorrer sobre as bocas notícias da “santa terrinha”, transmitindo aos filhos e autêntico sentimento de afeição que sempre nutriu pelos seus inesquecíveis “pagos”.
Recebia com muito carinho a visita espontânea e amiga de muitos de seus ex-alunos queridos que o procuravam na última fase da existência.
Entretinha-se algumas vezes com seu violão a dedilhar conhecidas canções para a companheira.
Desde os anos da década de 1950, passou a datilografar seus trabalhos, planos de aulas, artigos, poesias, correspondências em sua máquina de escrever “Mercedes” que até hoje é conservada como relíquia de família.
E o fazia com total correção, tornando-se rotineira sua colaboração ao revisar e datilografar os trabalhos de Faculdade de seus filhos a quem tanto amou e por quem muito se desvelou.
Continuou sua atividade intelectual escrevendo cartas, artigos para jornais especialmente suas poesias que se encontram transcritas, enfeixadas, sem jamais ter tido a idéia de publicá-las.
Foi forte na luta, firme na Fé, herói na caminhada.
Seu grande feito foi sua própria VIDA de batalhador incansável na busca do BEM.
Viveu na esperança, ofertando-nos a grande lição AMOR verdadeiro, incondicional.
Na excelência de sua vocação para o Alto, deixou aos filhos um legado precioso: a prática universal da Caridade.
Retornou à Casa do Pai com a serenidade dos justos em 12 de julho de 1982, onde aguardou receber a companheira amada fiel e inesquecível, que ali também chegou em 02 de Dezembro de 1997.
Reencontraram-se Isaias e Cacilda, na plenitude do amor de Deus, para a consumação do Ágape Eterno.
Neste ano de 2003/2004, em que, repassados de saudades, seus filhos, genros, noras, netos e bisnetos comemoram juntamente com todos os seus sobrinhos, primos e demais e demais familiares, amigos e conterrâneos o seu Centenário de Nascimento na dileta Santana do Acaraú que lhe serviu de berço e a qual sempre detonou o melhor de suas energias e de seus sentimentos, desejamos agradecer a Deus o dom de sua preciosa VIDA.
Celebrando assim, o Projeto de Vida que Cristo veio nos trazer, rogamos ao senhor nos conceda seguirmos o exemplo de quem viveu com simplicidade a VIDA em plenitude – nosso amado e inesquecível.
Fonte: http://www.correiodosvales.com/?pg=not%EDcia&id=798

POETA JOSÉ ALCIDES PINTO
Poeta, ficcionista, teatrólogo, critico literário, ensaísta, memorialista, Jose Alcides Pinto nasceu na antiga aldeia de Alto dos Angicos ( em São Francisco do estreito, distrito de Santana do Acaraú/Ceará).
Marcou-o a infância sofrida em meio rude, a par de sua inata curiosidade para a descoberta do mundo a sua volta e o que existiria alem dos limites estreitos do espaço natal.
Aos quinze anos, sai desse “espaço” para estudar no Liceu do Ceará, em Fortaleza. Ali, morou na casa  do estudante e fazia as refeições na casa de seu tio, Hermano Frota. Escreve poemas e mais poemas. Transforma-se num leitor voraz. Termina o curso secundário e, motivado por uma necessidade orgânica, metafísica, de parti para o Rio de Janeiro, consegue do governo do estado, uma passagem de  navio, na terceira classe. Embarca, levando uma carta de recomendação para Osvaldo Peralva, diretor da tribuna da imprensa.
No navio encontra-se com o escritor Braga Montenegro, que já o conhecia por poemas publicados na imprensa cearense. Na escala do navio no Recife, desiste de persegui viajem e ali se demora 04 anos, fazendo de um tudo para sobreviver.
Em 1946, retoma a viajem pra o Rio de Janeiro. Com 04 anos de atraso, entrega a carta de recomendação a Osvaldo Peralva, que lhe consegue emprego no jornal do partido comunista. O emprego durou pouco e lhe valeu uma injusta prisão. Deixando-a continua a luta pela sobrevivência. Dessa época, ficaram-lhe duras recordações, aos poucos absorvidas por muitos de seus livros.
Superando as dificuldades de contatos no Rio de Janeiro consegue penetrar no mundo da imprensa e colabora nos suplementos literários de vários jornais (Diário Carioca, O Jornal, Diário de Noticias, Correio da Manha e Revista Leitura). Abriu seu próprio caminho e tornasse jornalista profissional. Fez cursos de jornalismo e de biblioteconomia. Nos anos de 1950, fez especialização em Pesquisas Bibliográficas em Tecnologia no Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação. Cursou Historia da América.
Simultaneamente a essas atividades, luta para atingir seu grande objetivo: ser escritor. Estréia em livro em 1950, na Antologia de Poetas da Nova Geração. No ano seguinte, organiza e participa da antologia A Moderna Poesia Brasileira. Em 1952, publica seu 01° livro individual, Nossos de Poesia e Arte, com que assegura lugar definitivo nos quadros da literatura brasileira contemporânea.
Nos anos de 1970 volta a reside no Ceará. Trabalha como redator do MEC. Presta concurso e ingressa na Universidade Federal do Ceará como professor de comunicação social, cargo do qual se desliga em 1977, para se dedicar a sua fazenda Equinócio em Santana do Acaraú, mas principalmente para se entregar a sua tarefa de escritor. Foi professor também na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Entre os vários prêmios atribuídos as suas obras destacam-se O Premio Nacional Petrobras de Literatura na Categoria Conto e o Grande Prêmio da Critica da Associação Paulista de Críticos de Arte, que lhe foi outorgado no ano 2000. Em 2008 ganhou seu último prêmio através da Academia Brasileira de Letras, na categoria ficção. Jose Alcides Pinto faleceu vítima de um atropelamento em junho de 2008 em Fortaleza. 

2 comentários:

  1. LIVROS INFANTIS, INFANTO-JUVENIS GRÁTIS! AVENTURAS QUE EDUCAM E DIVERTEM! Administrador e Advogado, agora vovô e aposentado, virou escritor e disponibiliza seus trabalhos gratuitamente em um site. Seus trabalhos são, essencialmente, voltados para a EDUCAÇÃO de nossas crianças. Ele está disponibilizando cerca de 70 trabalhos para baixar gratuitamente em um site. Este site tem o caráter filantrópico e educativo, sem fins lucrativos. O escritor J. J. Dacosta nasceu em 1941 na cidade do Rio de Janeiro, é advogado, administrador e professor, tem vários livros publicados e reside em São Paulo. Eis o site: www.literaturaeducativa.com.br

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  2. LIVROS INFANTIS, INFANTO-JUVENIS GRÁTIS! AVENTURAS QUE EDUCAM E DIVERTEM! Administrador e Advogado, agora vovô e aposentado, virou escritor e disponibiliza seus trabalhos gratuitamente em um site. Seus trabalhos são, essencialmente, voltados para a EDUCAÇÃO de nossas crianças. Ele está disponibilizando cerca de 70 trabalhos para baixar gratuitamente em um site. Este site tem o caráter filantrópico e educativo, sem fins lucrativos. O escritor J. J. Dacosta nasceu em 1941 na cidade do Rio de Janeiro, é advogado, administrador e professor, tem vários livros publicados e reside em São Paulo. Eis o site: www.literaturaeducativa.com.br

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