HISTÓRICO
Data da Criação: 03/11/1862.
Instalação: 27/06/1863.
Toponímia: Homenagem à padroeira.
Variação Toponímica: Curral Velho, Santana e Licânia.
Desmembrado de acaraú.
Padroeira: Nossa Senhora de Santana.
Dia: 26/07.
História: Suas origens remontam ao
início do Século XVII e estão divididas em três fases distintas. A
primeira relaciona-se com o que se poderia classificar de acidente de
percurso, considerando o seu caráter de acidentalidade. A segunda,
registrada pouco mais de um século após, vincula-se à primeira
excepcionalidade na formação do reduto. E a terceira, já em pleno
estado de funcionalidade, registra o agregamento de fazendeiros,
colocando em atividade a segunda fase e formando a povoação que só
teoricamente existia.
Evolução Política: Depois de
chamar-se Olho d’água deu-se a elevação do povoado à categoria de Vila
com a denominação de Curral Velho. Houve como instrumento de apoio a
Lei Provincial nº 1.012, de 3 de novembro de 1862, ocorrendo sua
instalação a 27 de junho de 1863, oportunidade em que se instalaram,
também Câmara e Senado. Constam dessa primeira legislatura: 1) Luis
Henrique de Oliveira Magalhães – Presidente; 2) Antônio Ferreira Gomes –
Vereador; 3) Antônio Carneiro de Araújo – Vereador; 4) Raimundo Xavier
Nogueira – Vereador; 5) Joaquim Gomes Carneiro – Juíz de órfãos; 6)
João Adeodato Ferreira – Juíz de órfãos; 7) Vicente Casimiro Cavalcante
– Procurador.
A elevação do Distrito à categoria de Município provém de Lei nº 1.740, de 30 de agosto de 1876, com a denominação de Santana.
Igreja: As primeiras
manifestações de apoio eclesial estão consignadas na prometida e
edificada capela de Frei Cristóvão de Lisboa, tendo como executante o
padre Antônio dos Santos Silveira. (1773/59). Pertencia inicialmente ao
Curato da Caiçara, mesmo após a divisão deste com a Freguesia de
Amontada, então vinculada ao Curato do Acaraú. Tornou-se Freguesia,
segundo Lei Provincial nº 465, de 29 de agosto de 1848, sendo seu
primeiro vigário o padre-encomendado Miguel Francisco da Frota e a ter
como vigário-colado o padre Barreto, vigário do Crato. Na
impossibilidade de assumir, Barreto deu procuração ao seu colega
Francisco de Paula Menezes, vindo por morte do seu constituinte a
transformar-se em vigário-colado, pelo menos até que o cargo fosse
levado a concurso e se sagrasse vencedor o padre Francisco Xavier
Nogueira.
GEOGRAFIA
Área: 1.017,7km².
Área(% em relação ao Estado): 0,74.
Altitude: 45m.
Latitude: 3°27’.
Longitude: 40°12’.
Mesorregião: Noroeste Cearense.
Microrregião: Sobral.
Limites: Norte – Morrinhos; Sul – Sobral; Leste – Itapipoca; Oeste – Massapê.
Distritos: João Cordeiro, Mutambeiras, Parapui, Sapo, Baia, Baixia Fria e Barro Preto.
Acidentes Geográficos: Rio Acaraú e Serra do Mucuripe.
Recursos Hídricos: Pluviometria ( a média anual é de 921mm)
Mapa de Santana do Acaraú
Filhos Ilustres de Santana do Acaraú
Raimundo Ademar Magalhães
Ele foi Vereador por diversos mandatos e assumiu como prefeito interventor de Santana do Acaraú
Raimundo Ademar Magalhães nasceu
em Santana do Acaraú, na Fazenda Piedade no dia 31 de maio de 1913,
filho de Adonias Henrique de Magalhães e Ana Benvinda de Lima, sendo
seus avós paternos: Raimundo Henrique de Oliveira e Filadelfa Maria de
Oliveira e avós maternos: Antonio Rodrigues de Lima e Thereza Maria de
Jesus. Passou uma parte de sua infância na Fazenda Piedade em Equitós e
depois da morte de seu pai passou a conviver com seus avós maternos.
Aos 16 anos de idade passou alguns anos no Piauí trabalhando como caixeiro, dedicando se a loja Leão. Fez um aperfeiçoamento de seus estudos na cidade de Sobral, dando exemplo de bom aluno.
No ano de 1936 retornou Santana e logo casou-se em 1939 com a jovem Francisca Araujo, filha dileta do Sr. Francisco das Chagas Araujo e D. Isabel Isaura Araujo, deste primeiro matrimônio recebeu como filhos: Sulamita, Ademar, Isabel (Marisa) e Ana Maria.
Depois assumiu reuniões políticas filiando-se a UDN (União Democrática Nacional), elegendo-se vereador para diversos mandatos: 1º- Janeiro de 1948 a 24 de março de 1951 / 2º de 25 de março de 1951 a 24 de março de 1955 / 3º de 25 de março de 1955 a 31 de dezembro de 1958 / 4º de 01 de janeiro de 1959 a 29 de janeiro de1959.
Neste tempo de serviços prestados a Câmara Municipal foi eleito presidente na casa, exercendo com presteza e dignidade seu cargo.
Transitou intensamente pelo comércio e pela administração pública exercendo muitas funções, ainda aceitou o honroso cargo como Prefeito Interventor Federal do Estado no município de Licânia, pois nesta ocasião em 10 de dezembro de 1945, foi nomeado pelo Interventor Federal do Estado do Ceará, Sr. Benedito Augusto Carvalho, substituindo o então prefeito Antonio Claudio de Araujo, por um período de seis meses, onde dedicou-se ardosamente as obras públicas transmitindo boa qualidade de interventor.
Também se fez agricultor e criador na Fazenda Piedade onde nasceu e herdou de seu avô, com intento de ampliar o campo da razão da sobrevivência de sua família.
Em 05 de maio de 1956, viveu um grande momento de tristeza e dor com a morte de sua companheira a Francisquinha Araújo. Viúvo ficou com quatro filhos menores que foram cuidados pelos avós Francisco Araujo e Dona Isabel.
Não ocupando muito tempo a viuvez conheceu Rita Maria de Souza com quem se casou dia 03 de novembro de 1957, aos 42 anos na Igreja Matriz de Santana do Acaraú, Rita tinha apenas 22 anos de idade.
Desfrutando o seu 2º enlace, certo dia recebeu uma nomeação da Secretaria de Agricultura do Estado, para assumir o cargo de chefia da CODARGO (Cia de Desenvolvimento Agropecuário), onde deu o máximo de assistência aos sertanejos.
Do seu segundo matrimônio nasceram: Antônio Rodrigues, José Adonias, Maria José, Maria Perpétua e Maria do Socorro (gêmeas) Tereza Maria. Ao todo teve 22 netos.
Encerrando sua vida pública requereu sua aposentadoria modestamente em 1968.
Raimundo Ademar Magalhães viveu toda sua via deixando exemplo de homem calmo, educado, prudente e equilibrado, firme em seus compromissos.
Em resumo, transmitiu aos filhos da família e a fraternidade social.
Aos 16 anos de idade passou alguns anos no Piauí trabalhando como caixeiro, dedicando se a loja Leão. Fez um aperfeiçoamento de seus estudos na cidade de Sobral, dando exemplo de bom aluno.
No ano de 1936 retornou Santana e logo casou-se em 1939 com a jovem Francisca Araujo, filha dileta do Sr. Francisco das Chagas Araujo e D. Isabel Isaura Araujo, deste primeiro matrimônio recebeu como filhos: Sulamita, Ademar, Isabel (Marisa) e Ana Maria.
Depois assumiu reuniões políticas filiando-se a UDN (União Democrática Nacional), elegendo-se vereador para diversos mandatos: 1º- Janeiro de 1948 a 24 de março de 1951 / 2º de 25 de março de 1951 a 24 de março de 1955 / 3º de 25 de março de 1955 a 31 de dezembro de 1958 / 4º de 01 de janeiro de 1959 a 29 de janeiro de1959.
Neste tempo de serviços prestados a Câmara Municipal foi eleito presidente na casa, exercendo com presteza e dignidade seu cargo.
Transitou intensamente pelo comércio e pela administração pública exercendo muitas funções, ainda aceitou o honroso cargo como Prefeito Interventor Federal do Estado no município de Licânia, pois nesta ocasião em 10 de dezembro de 1945, foi nomeado pelo Interventor Federal do Estado do Ceará, Sr. Benedito Augusto Carvalho, substituindo o então prefeito Antonio Claudio de Araujo, por um período de seis meses, onde dedicou-se ardosamente as obras públicas transmitindo boa qualidade de interventor.
Também se fez agricultor e criador na Fazenda Piedade onde nasceu e herdou de seu avô, com intento de ampliar o campo da razão da sobrevivência de sua família.
Em 05 de maio de 1956, viveu um grande momento de tristeza e dor com a morte de sua companheira a Francisquinha Araújo. Viúvo ficou com quatro filhos menores que foram cuidados pelos avós Francisco Araujo e Dona Isabel.
Não ocupando muito tempo a viuvez conheceu Rita Maria de Souza com quem se casou dia 03 de novembro de 1957, aos 42 anos na Igreja Matriz de Santana do Acaraú, Rita tinha apenas 22 anos de idade.
Desfrutando o seu 2º enlace, certo dia recebeu uma nomeação da Secretaria de Agricultura do Estado, para assumir o cargo de chefia da CODARGO (Cia de Desenvolvimento Agropecuário), onde deu o máximo de assistência aos sertanejos.
Do seu segundo matrimônio nasceram: Antônio Rodrigues, José Adonias, Maria José, Maria Perpétua e Maria do Socorro (gêmeas) Tereza Maria. Ao todo teve 22 netos.
Encerrando sua vida pública requereu sua aposentadoria modestamente em 1968.
Raimundo Ademar Magalhães viveu toda sua via deixando exemplo de homem calmo, educado, prudente e equilibrado, firme em seus compromissos.
Em resumo, transmitiu aos filhos da família e a fraternidade social.
Terminou
seus dias no dia 28 de março de 2003 aos 90 anos na Av. São João,
saudado pela esposa, filhos, netos, parentes e amigos, seu corpo foi
sepultado no cemitério são Sebastião em Santana do Acaraú.
Fonte: http://www.correiodosvales.com/?pg=not%EDcia&id=821
Dr. Francsico das Chagas de Vasconcelos
Um dos maiores oradores da política cearense, foi lider político de Santana do Acaraú durante 30 anos.
Chagas Vasconcelos nasceu em 13 de
janeiro de 1930 em Santana do Acaraú, era filho de Miguel Galvino de
Vasconcelos e Maria José de Vasconcelos. Iniciou-se na política aos 14
anos, apadrinhado pelo Deputado Federal, Chico Monte (PSD), um dos
líderes políticos de Sobral. Era bacharel em direito militando na
advocacia em todo o Estado, mas principalmente na zona norte.
Ao
lado de personalidades expressivas do PMDB, como o embaixador do
Brasil em Portugal, Paes de Andrade, o deputado federal, Mauro
Benevides, o Prefeito de Fortaleza Juraci Magalhães e o Ex-deputado
estadual, Iranildo Pereira, Chagas Vasconcelos foi um dos fundadores do
PMDB histórico cearense.
De 1958
a 1962 foi Prefeito de Santana do Acaraú, elegeu-se deputado estadual
por três legislaturas, de 1964 a 1976, nessa época Chagas foi líder de
seu partido, o então MDB. De acordo com o depoimento do deputado
federal Mauro Benevides, Vasconcelos foi “orador dos mais brilhantes”.
Companheiro desde a formação do MDB, Benevides declarou que Vasconcelos
“sempre” ofereceu demonstração positiva de solidariedade à legenda,
“enfrentando em nível regional as forças políticas”.
Segundo
o Presidente da Câmara Municipal de Santana do Acaraú, Marcelo
Arcanjo, a vida política de Chagas Vasconcelos foi marcada por intensa
dedicação ao povo santanense.
Chagas
Vasconcelos disputou uma vaga para o Senado, em 1978, mas perdeu as
eleições para José Lins de Albuquerque. Foi eleito deputado federal de
1980 a 1984, assumiu novamente uma vaga na Câmara dos deputados em 1986
como suplente de Carlos Benevides.
No
primeiro governo de Tasso Jereissati (1987-1990), Chagas Vasconcelos
assumiu o cargo de Diretor do extinto Fundo Estadual do Bem Estar do
Menor (FEBEM), voltando a Santana do Acaraú, foi vereador entre 1992 e
1996, nos últimos anos tentou sem sucesso, eleger-se deputado estadual e
prefeito de Santana do Acaraú.
Era
casado com Lúcia Vasconcelos e tinha dois filhos do primeiro
matrimônio: o médico da cidade de Sobral Ivo Vasconcelos e a servidora
pública Socorro Vasconcelos e dois do segundo com dona Lúcia: Francisco
das Chagas Vasconcelos Filho e Gil Vasconcelos.
Faleceu no dia 24 de agosto de 2003 na cidade de Fortaleza.
Fonte: http://www.correiodosvales.com/?pg=not%EDcia&id=799
Gerardo Arcanjo
Nasceu
a 27 de junho de 1927 em Santana do Acaraú, filho de Ana Excelsa
Arcanjo e Antônio Lourenço de Maria, Gerardo foi casado com Terezinha
Alves Arcanjo, de onde conceberam seis filhos: Maria Luciene Arcanjo,
Tereza Helena Arcanjo, Antônio de Pádua Arcanjo (Totonho), José Gerardo
Arcanjo, Ana Francisca Arcanjo (in memoriam) e Conceição de Maria
Arcanjo.
Era dotado de um humor
invejável, dizem as pessoas de seu tempo, que na roda que se encontrava
reinavam brincadeiras e alegria, se considerava um bairrista acima de
tudo, por amar muito sua Santana, em que recordava ao ver tocar pela
gloriosa e centenária Banda de Música Pe. Arakém, sua grande paixão, o
dobrado saudade de minha terra, gostava também de futebol, seu esporte
preferido.
Foi caminhoneiro por
muito tempo, dirigindo o seu caminhão de 1946, o qual era conhecido
como o “Romeiro de São Francisco”. Foi também comerciante em nossa
cidade e pequeno agropecuarista, em sua loja, nos finais de tarde
estavam sempre muitas lideranças políticas do seu partido, dialogando e
montando estratégias para as próximas campanhas eleitorais. Deu início
a sua militância política ainda na juventude.
Atuou
ativamente nas frentes de serviços na seca de 1958, ano em que foi
inaugurado o açude Araras, ajudando os trabalhadores, como fruto desse
trabalho, se orgulhava de ter tido muitos compradores. A propósito
realizaram uma pesquisa na igreja de Santana nos anos 80, e foi
considerado o homem que tinha o maior número de afilhados, superando a
milhar.
Homem humilde que tinha
um sonho, ser Prefeito de sua terra, começou na política como Vereador,
conquistando seu 1º mandato em 1958, na época o Dr. Chagas Vasconcelos
era o Prefeito, na campanha seguinte foi eleito novamente Vereador,
sempre obtendo o maior numero de votos. Em 1966 foi candidato a
Prefeito, perdeu eleição para o Sr. Raimundo Nazion Aguiar. Dez anos
depois, em 1976, foi novamente candidato a Prefeito e mais uma vez não
logrou êxito, perdendo para o seu primo João Batista Arcanjo.
Um
pai e um marido exemplar que acima de tudo ficou registrado em nossa
história por um chavão que resume toda a sua vida “O Gerardo é bom.”
Em
nossa cidade recebeu homenagem com seu nome no Bairro Gerado Arcanjo
(Rio das Graças) e em Novembro de 2000, através de propositura do
Vereador Galvino Arcanjo, foi aprovado pela Câmara Municipal o seu nome
para a principal Avenida de Santana do Acaraú, Av. Gerardo Arcanjo
(Rua Dr. Manoel Joaquim).
Seu
sonho de governar os destinos do município não se realizou, mas seu
filho Antônio de Pádua Arcanjo (Totonho) resolveu seguir a carreira
pública, foi eleito por duas vezes Vereador, foi presidente da Câmara
Municipal, Vice-Prefeito e Prefeito de 2004 a 2008.
Gerardo Arcanjo nos deixou em pleno festejos da padroeira aos 22 dias do mês de julho de 1995.
Fonte: http://www.correiodosvales.com/?pg=not%EDcia&id=823
Fonte: http://www.correiodosvales.com/?pg=not%EDcia&id=798
PROFESSOR ISAÍAS THOMAZ
José
Isaias de Thomaz Lourenço, nasceu na cidade de Santana do Acaraú,
Ceará em 18 de outubro de 1903, filho de Manuel Thomaz Lourenço e Maria
José Archanjo Thomaz. Casou-se em 01º de julho de 1936 com Maria
Cacilda Fontelles Thomaz, filha de José Avelino Fontelles e Maria do
Carmo Araújo Fontelles, dessa união nasceram oito filhos, dos quais,
cinco são vivos, maiores, casados, todos profissionais liberais:
Celeste, Célio, Clecio, Cefas e Celso. Enriqueceram a família: Genros,
Noras, 16 netos e 11 bisnetos.
O
menino Isaias aprendeu as primeiras letras com sua querida
mãe”D.Sinhá” de quem recebeu também os primeiros fundamentos da
inabalável fé cristã que o norteou durante toda a existência. De seu
estimado pai, herdou o caráter firme e dedicado, a honradez e a
incansável disposição para o trabalho.
Cresceu
em ambiente de simplicidade, pródigo em valores morais, no aconchego
de uma família de seis irmãos: Maria Madalena, José Sigefredo, João
Zózimo, Miguel, José Melchior e José Isaias, onde o traço marcante era a
união e afetividade, entre si e entre todas as pessoas da convivência,
especialmente, quando se fazia necessário o exercício de
solidariedade.
Freqüentou a
escola primária em sua terra natal, e, já na infância, escrevia
quadrinhas e acrósticos apaixonados em sala de aula.
Aos
quatorze anos compôs o seu primeiro soneto “lentamente”, inspirado na
observação da natureza que ele sempre cantou em prosa e verso com
extrema sensibilidade.
Estudou
com o sábio e santo sacerdote Pe. Joaquim Severiano de Vasconcelos, a
quem notava profunda veneração, havendo iniciado com ele seu
aprendizado de latim e conseqüente aprimoramento da língua portuguesa.
Ainda
muito jovem, lecionava na escola de sua irmã D. Maria Madalena Thomaz,
professora bastante conceituada em Santana do Acaraú.
Transferiu-se
para a cidade de Fortaleza com o objetivo de continuar seus estudos e,
para suprir as necessidades materiais, passou a trabalhar no DNOCS,
àquela época IFOCS- Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas.
Fez
parte da diretoria da “União de Moços Católicos de Fortaleza”,
juntamente com outros jovens que mais tarde foram referência nos meios
sócio político educacionais, inclusive o então Pe. Helder Câmara, mais
tarde, o grande luminar da igreja e figura ímpar na construção
histórica da cidadania do povo brasileiro – D. Helder Câmara.
Quando
já se direcionava para prestar os “exames preparatórios” para ingresso
na Escola de Medicina de Salvador – Bahia, veio a sentir a visão se
lhe tornava cada dia mais deficiente, impedindo-lhe de alcançar a meta
pretendida.
Procurou recursos
médicos, submetendo-se a intervenção cirúrgica na cidade do Rio de
janeiro, com o que obteve êxito, porém, alguns dias após, contraiu grave
infecção que lhe retirou totalmente a visão.
Retornou
a terra natal, onde, pouco a pouco retomou suas atividades
educacionais e literárias, graças a intrepidez e firmeza de seu
caráter, não se deixando abater pelo revés da perda visual.
No
seu casamento com D. Cacilda a jovem santanense a quem amava desde
antes do insucesso referido, encontrou a realização maior de sua vida,
haurindo na felicidade compartilhada a motivação para enfrentar uma
nova e mais difícil etapa, de par com novos sonhos e novos projetos de
vida.
Fundou então a escola “Pe.
Severiano”, posteriormente, “Colégio Pe. Severiano” que alguns anos
depois tomou a denominação de “Educandário Santana”, sempre sob sua
direção, por cujas instituições passou toda uma geração de crianças,
rapazes e moças santanenses que alcançaram posições de relevo na vida
deste município de nosso Ceará e até de outros mais distantes rincões
brasileiros.
Mestre e amigo de seus alunos, com eles mantinha relacionamento franco e jovial.
Fundou
ainda o jornal “A Defesa”, sendo seu editor e principal redator, com a
finalidade de informar, noticiar, proporcionar espaço cultural e
principalmente, reivindicar às autoridades públicas melhorias e
benefícios para o progresso da terra santanense.
Não
raro, assumia totalmente as despesas de editoração às custas de seus
parcos rendimentos de professor, conquanto não deixasse de circular o
jornal na data prevista.
Com
objetivo artístico e cultural, fundou o “Teatro Manoel da Frota”, com
prédio no bairro Humaitá em frente aos frondosos e seculares
“tamarineiros” ali então existentes.
Sob
sua direção e com a participação de seus alunos e alunas, foram
encenadas peças dramáticas, literárias e educativas, pastoris de natal,
comédias, etc, com o fito de desenvolver na juventude estudantil, o
gosto pela cultura através das artes cênicas.
Realizou
outros tipos de atividades sócio educativas como seções
lítero-musicais destinadas ao público santanense comemorativas de datas
históricas importantes, paradas cívicas com desfiles de estudantes
pelas ruas da cidade, precedidos pelos valorosa Banda de Música Pe.
Arakém da Frota, à qual muito admirava e estimava, denominando-a de
“Euterpe Santanense”.
Participou
ativamente da vida religiosa na Paróquia de N. Sra. Santana,
colaborando efetivamente, desde o vicariato do saudoso Pe. Francisco
Arakén da Frota, na organização dos eventos religiosos: Festa da
Padroeira, Procissões, Novenários, Celebrações de Natal, Semana Santa.
Preparavam
anualmente, ele e a esposa com dedicação e arte e Presépio Natalino na
sala maior de sua residência, para onde acorriam adultos, jovens e
crianças que ali se enterneciam com o cenário criativamente evocador do
nascimento de Jesus.
Dedicou-se
extremamente em todas as etapas da preparação do Congresso Eucarístico
em 1948, sendo indicado para proferir a saudação ao Santo Padre na
Plenária de encerramento do consagrado evento comemorativo do
Centenário da Paróquia.
Pertenceu
à secular Irmandade do SS. Sacramento, à Congregação Mariana, à Ordem
Terceira de São Francisco e à Conferência de São Vicente de Paula, em
trabalho integrado com seu irmão José Melchior, conseguiram junto a
ilustres Santanenses radicados em outros Estados, recursos financeiros
para a construção da Vila Vicentina no Bairro do Retiro, destinada a
moradia de famílias carentes.
Em
anos de estiagens prolongadas, encetavas campanhas para angariar roupas
e gêneros alimentícios, junto aos conterrâneos mais abastados em
Fortaleza, para onde se dirigia também na busca, também de recursos
junto a Órgãos do Governo Estadual, e, recebendo-os empreendia viagem
de retorno em caminhão de carga fretado, com a missão de, em Santana,
distribuir o produto arrecadado na peregrinação aos humildes indigentes
castigados pelo flagelo das secas.
Movimentou
com salutar entusiasmo o ‘Círculo Operário São José’, entidade que
congregava trabalhadores cristãos na luta pela defesa de seus legítimos
interesses, fazendo-o em articulação com o “Círculo Operário São José
de Fortaleza” sob a orientação dinâmica do operoso sacerdote Pe. José
de Arimatéia Diniz.
Manifestou-se
especialmente engajado na formação de um Grupo Pastoral de
Evangelização que realizava catequese de adultos às tardes de domingo
ao pé do “Santo Cruzeiro” no Alto da Liberdade, lugar de sua particular
predileção, por haver ali vivido a quadra feliz de sua infância.
Face
à necessidade de dar continuidade aos estudos de seus filhos menores,
mudou-se para a vizinha Sobral, onde permaneceu lecionando
diuturnamente nos seguintes estabelecimentos de ensino: Escola Técnica
de Comércio D. José Tupinambá da Frota, Escola Profissional do Colégio
Sobralense e Ginásio São José, sob a direção da emérita educadora
Professora Dinorá Thomaz Ramos, havendo assim contribuindo
decisivamente na formação educacional de centenas de jovens de jovens
sobralenses.
Colaborou no jornal
“Correio da Semana” e sentia-se particularmente distinguido pela
honrosa amizade do sr. Bispo Diocesano Dom José Tupinambá da Frota, bem
como de outras figuras expressivas do Clero e da Sociedade Sobralense.
Dos
anos de sua convivência em Sobral, guardava gratas recordações de
amigos leais, destacando na heráldica Cidade as constantes realizações
de seu Povo, talhado para altos destinos.
Após
numerosos anos de incessante trabalho, aposentou-se do magistério por
tempo de serviço, posto que, já se havia aposentado pelo DNOCS ante do
fato de sua deficiência visual.
Atendendo
aos anseios de seus filhos menores a fim de que juntinha e unida
permanecesse toda a família, pois assim era do agrado de todos e, mesmo
porque, embora sem a luz dos olhos, ele era a luz que nos guiava, o sol
que aquecia o nosso convívio familiar.
Era ele quem “tirava e rezava o terço” e ela “fazia a leitura da novena”.
E havia permutas de ternura e de carinho !
E todos dormíamos saciados e felizes !
Retornava
sempre que podia à sua querida Santana para reencontrar familiares e
amigos, viagens essas que lhe proporcionaram grandes alegrias e suaves
lembranças.
Ao chegar em casa,
reunia a família para discorrer sobre as bocas notícias da “santa
terrinha”, transmitindo aos filhos e autêntico sentimento de afeição
que sempre nutriu pelos seus inesquecíveis “pagos”.
Recebia
com muito carinho a visita espontânea e amiga de muitos de seus
ex-alunos queridos que o procuravam na última fase da existência.
Entretinha-se algumas vezes com seu violão a dedilhar conhecidas canções para a companheira.
Desde
os anos da década de 1950, passou a datilografar seus trabalhos,
planos de aulas, artigos, poesias, correspondências em sua máquina de
escrever “Mercedes” que até hoje é conservada como relíquia de família.
E
o fazia com total correção, tornando-se rotineira sua colaboração ao
revisar e datilografar os trabalhos de Faculdade de seus filhos a quem
tanto amou e por quem muito se desvelou.
Continuou
sua atividade intelectual escrevendo cartas, artigos para jornais
especialmente suas poesias que se encontram transcritas, enfeixadas,
sem jamais ter tido a idéia de publicá-las.
Foi forte na luta, firme na Fé, herói na caminhada.
Seu grande feito foi sua própria VIDA de batalhador incansável na busca do BEM.
Viveu na esperança, ofertando-nos a grande lição AMOR verdadeiro, incondicional.
Na excelência de sua vocação para o Alto, deixou aos filhos um legado precioso: a prática universal da Caridade.
Retornou
à Casa do Pai com a serenidade dos justos em 12 de julho de 1982, onde
aguardou receber a companheira amada fiel e inesquecível, que ali
também chegou em 02 de Dezembro de 1997.
Reencontraram-se Isaias e Cacilda, na plenitude do amor de Deus, para a consumação do Ágape Eterno.
Neste
ano de 2003/2004, em que, repassados de saudades, seus filhos, genros,
noras, netos e bisnetos comemoram juntamente com todos os seus
sobrinhos, primos e demais e demais familiares, amigos e conterrâneos o
seu Centenário de Nascimento na dileta Santana do Acaraú que lhe serviu
de berço e a qual sempre detonou o melhor de suas energias e de seus
sentimentos, desejamos agradecer a Deus o dom de sua preciosa VIDA.
Celebrando
assim, o Projeto de Vida que Cristo veio nos trazer, rogamos ao senhor
nos conceda seguirmos o exemplo de quem viveu com simplicidade a VIDA
em plenitude – nosso amado e inesquecível.
POETA JOSÉ ALCIDES PINTO
Poeta,
ficcionista, teatrólogo, critico literário, ensaísta, memorialista,
Jose Alcides Pinto nasceu na antiga aldeia de Alto dos Angicos ( em São
Francisco do estreito, distrito de Santana do Acaraú/Ceará).
Marcou-o a infância sofrida em meio rude, a par de sua inata curiosidade para a descoberta do mundo a sua volta e o que existiria alem dos limites estreitos do espaço natal.
Aos quinze anos, sai desse “espaço” para estudar no Liceu do Ceará, em Fortaleza. Ali, morou na casa do estudante e fazia as refeições na casa de seu tio, Hermano Frota. Escreve poemas e mais poemas. Transforma-se num leitor voraz. Termina o curso secundário e, motivado por uma necessidade orgânica, metafísica, de parti para o Rio de Janeiro, consegue do governo do estado, uma passagem de navio, na terceira classe. Embarca, levando uma carta de recomendação para Osvaldo Peralva, diretor da tribuna da imprensa.
No navio encontra-se com o escritor Braga Montenegro, que já o conhecia por poemas publicados na imprensa cearense. Na escala do navio no Recife, desiste de persegui viajem e ali se demora 04 anos, fazendo de um tudo para sobreviver.
Em 1946, retoma a viajem pra o Rio de Janeiro. Com 04 anos de atraso, entrega a carta de recomendação a Osvaldo Peralva, que lhe consegue emprego no jornal do partido comunista. O emprego durou pouco e lhe valeu uma injusta prisão. Deixando-a continua a luta pela sobrevivência. Dessa época, ficaram-lhe duras recordações, aos poucos absorvidas por muitos de seus livros.
Superando as dificuldades de contatos no Rio de Janeiro consegue penetrar no mundo da imprensa e colabora nos suplementos literários de vários jornais (Diário Carioca, O Jornal, Diário de Noticias, Correio da Manha e Revista Leitura). Abriu seu próprio caminho e tornasse jornalista profissional. Fez cursos de jornalismo e de biblioteconomia. Nos anos de 1950, fez especialização em Pesquisas Bibliográficas em Tecnologia no Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação. Cursou Historia da América.
Simultaneamente a essas atividades, luta para atingir seu grande objetivo: ser escritor. Estréia em livro em 1950, na Antologia de Poetas da Nova Geração. No ano seguinte, organiza e participa da antologia A Moderna Poesia Brasileira. Em 1952, publica seu 01° livro individual, Nossos de Poesia e Arte, com que assegura lugar definitivo nos quadros da literatura brasileira contemporânea.
Nos anos de 1970 volta a reside no Ceará. Trabalha como redator do MEC. Presta concurso e ingressa na Universidade Federal do Ceará como professor de comunicação social, cargo do qual se desliga em 1977, para se dedicar a sua fazenda Equinócio em Santana do Acaraú, mas principalmente para se entregar a sua tarefa de escritor. Foi professor também na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Entre os vários prêmios atribuídos as suas obras destacam-se O Premio Nacional Petrobras de Literatura na Categoria Conto e o Grande Prêmio da Critica da Associação Paulista de Críticos de Arte, que lhe foi outorgado no ano 2000. Em 2008 ganhou seu último prêmio através da Academia Brasileira de Letras, na categoria ficção. Jose Alcides Pinto faleceu vítima de um atropelamento em junho de 2008 em Fortaleza.
Marcou-o a infância sofrida em meio rude, a par de sua inata curiosidade para a descoberta do mundo a sua volta e o que existiria alem dos limites estreitos do espaço natal.
Aos quinze anos, sai desse “espaço” para estudar no Liceu do Ceará, em Fortaleza. Ali, morou na casa do estudante e fazia as refeições na casa de seu tio, Hermano Frota. Escreve poemas e mais poemas. Transforma-se num leitor voraz. Termina o curso secundário e, motivado por uma necessidade orgânica, metafísica, de parti para o Rio de Janeiro, consegue do governo do estado, uma passagem de navio, na terceira classe. Embarca, levando uma carta de recomendação para Osvaldo Peralva, diretor da tribuna da imprensa.
No navio encontra-se com o escritor Braga Montenegro, que já o conhecia por poemas publicados na imprensa cearense. Na escala do navio no Recife, desiste de persegui viajem e ali se demora 04 anos, fazendo de um tudo para sobreviver.
Em 1946, retoma a viajem pra o Rio de Janeiro. Com 04 anos de atraso, entrega a carta de recomendação a Osvaldo Peralva, que lhe consegue emprego no jornal do partido comunista. O emprego durou pouco e lhe valeu uma injusta prisão. Deixando-a continua a luta pela sobrevivência. Dessa época, ficaram-lhe duras recordações, aos poucos absorvidas por muitos de seus livros.
Superando as dificuldades de contatos no Rio de Janeiro consegue penetrar no mundo da imprensa e colabora nos suplementos literários de vários jornais (Diário Carioca, O Jornal, Diário de Noticias, Correio da Manha e Revista Leitura). Abriu seu próprio caminho e tornasse jornalista profissional. Fez cursos de jornalismo e de biblioteconomia. Nos anos de 1950, fez especialização em Pesquisas Bibliográficas em Tecnologia no Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação. Cursou Historia da América.
Simultaneamente a essas atividades, luta para atingir seu grande objetivo: ser escritor. Estréia em livro em 1950, na Antologia de Poetas da Nova Geração. No ano seguinte, organiza e participa da antologia A Moderna Poesia Brasileira. Em 1952, publica seu 01° livro individual, Nossos de Poesia e Arte, com que assegura lugar definitivo nos quadros da literatura brasileira contemporânea.
Nos anos de 1970 volta a reside no Ceará. Trabalha como redator do MEC. Presta concurso e ingressa na Universidade Federal do Ceará como professor de comunicação social, cargo do qual se desliga em 1977, para se dedicar a sua fazenda Equinócio em Santana do Acaraú, mas principalmente para se entregar a sua tarefa de escritor. Foi professor também na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Entre os vários prêmios atribuídos as suas obras destacam-se O Premio Nacional Petrobras de Literatura na Categoria Conto e o Grande Prêmio da Critica da Associação Paulista de Críticos de Arte, que lhe foi outorgado no ano 2000. Em 2008 ganhou seu último prêmio através da Academia Brasileira de Letras, na categoria ficção. Jose Alcides Pinto faleceu vítima de um atropelamento em junho de 2008 em Fortaleza.
LIVROS INFANTIS, INFANTO-JUVENIS GRÁTIS! AVENTURAS QUE EDUCAM E DIVERTEM! Administrador e Advogado, agora vovô e aposentado, virou escritor e disponibiliza seus trabalhos gratuitamente em um site. Seus trabalhos são, essencialmente, voltados para a EDUCAÇÃO de nossas crianças. Ele está disponibilizando cerca de 70 trabalhos para baixar gratuitamente em um site. Este site tem o caráter filantrópico e educativo, sem fins lucrativos. O escritor J. J. Dacosta nasceu em 1941 na cidade do Rio de Janeiro, é advogado, administrador e professor, tem vários livros publicados e reside em São Paulo. Eis o site: www.literaturaeducativa.com.br
ResponderExcluirLIVROS INFANTIS, INFANTO-JUVENIS GRÁTIS! AVENTURAS QUE EDUCAM E DIVERTEM! Administrador e Advogado, agora vovô e aposentado, virou escritor e disponibiliza seus trabalhos gratuitamente em um site. Seus trabalhos são, essencialmente, voltados para a EDUCAÇÃO de nossas crianças. Ele está disponibilizando cerca de 70 trabalhos para baixar gratuitamente em um site. Este site tem o caráter filantrópico e educativo, sem fins lucrativos. O escritor J. J. Dacosta nasceu em 1941 na cidade do Rio de Janeiro, é advogado, administrador e professor, tem vários livros publicados e reside em São Paulo. Eis o site: www.literaturaeducativa.com.br
ResponderExcluir